quarta-feira, 23 de julho de 2008

Vale a pena ler



Antigas aulas do professor Tormey de Nottingham sobre as críticas à modernidade

Sobre os críticos da modernidade. É uma (re)introdução interessante, pela óptica fácil do meu ex-professor.

http://homepage.ntlworld.com/simon.tormey/teaching/modernity/modinfo.html

Lá está ele a recuperar o tom sofista nietzsche, "a verdade é a verdade dos poderosos" and so on. "o poder é a capacidade de obrigar" (Weber), a "Madeira é um grande exemplo de democracia" J.Gama, basicamente muita gente tem só quatro bisavós, como o D.Sebastião..

E nós estamos cá para decidir a toda a hora se somos Cromwell (o ministro do Henrique VIII, não o outro, ou se somos Morus) ou, nacionalmente, se somos Palmela ou Passos Manuel..

domingo, 25 de maio de 2008

O ISCSP, o Sapo Cabo-Verde e o dia de África.


A semana africana festejada no ISCSP é hoje, alguns dias depois do evento, tema de capa do portal Sapo Cabo-Verde da PT, uma réplica do nosso no qual é sempre curioso ver anúncios de cartões telefónicos por 500 escudos cabo-verdianos e mais ênfase ao que acontece na África do
Sul ou no Zimbabué do que noutros sítios.

A entrevistadora, em vez de fazer questões relevantes como "Como é estudar em Portugal?" ou "Que vais fazer para vencer no futuro?", recorreu, bem ao jeito das irrelevantes perguntas sobre o 25 de Abril, a perguntar quando foi instituído o dia de África, uma efeméride tão relevante quanto o dia da mulher.

Eu não fazia ideia de que havia um dia de África, mas não me surpreende, mais uma vez, a parvoíce do inventor em transformar em grupos sociais de coitadinhos dando um dia próprio internacional. Melhor seria que nenhum estudante de Angola ou Moçambique soubesse que
existe um dia de África, tal como ninguém por cá se lembra do dia da Europa. Todos os dias são bons para se pensar em África e estar bem em Portugal.

Já agora, foi boa ideia, como sempre, a de ter a semana africana e dar- lhe visibilidade nos meios de comunicação social, pena é que a mensagem que se quer passar é só a das danças e batuques e da habilidade dos alunos em memorizar efemérides. Será que é esta a imagem que o Núcleo de Estudantes Africanos queria? Não é melhor mostrar que se fala de futuro, da integração económica que vemos ao abrir o sítio www.sapo.cv, e das responsabilidades que estes colegas
querem assumir?

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Melhorar o ISCSP precisa-se!

Vamos Lançar o debate! Contribuam por favor!



Compêndio de propostas
Juntar a comunidade do ISCSP para reflectir a mudança.

1. Criar grupos de trabalho para pensar, planear e executar mudanças que visem adaptar o ISCSP ao ambiente aberto e competitivo que caracteriza o panorama académico mundial.

2. Criar um sistema obrigatório de avaliação de alunos baseado nos "papers", limitar a ponderação da avaliação por frequência a 50%.

3. Distribuir as aulas por manhãs e tardes, para todos todos os anos de todos os cursos de licenciatura.

4. Captar o interesse das empresas para o ISCSP, quer através de conferências de interesse empresarial, de diálogo com as secções de recursos humanos das empresas e parcerias de investigação ISCSP-Empresas.

5. Colocar o ISCSP no mercado internacional de recrutamento de professores doutorados. Quer através de "fellowships" quer de vínculos.

6. Abrir um novo bar no ISCSP com serviço de cafetaria e de almoços para haver preços concorrenciais e aumentar as receitas do ISCSP.

7. Associar cursos do ISCSP às melhores escolas mundiais de cada área. Por exemplo, Administração Pública à Harvard Kennedy School of Government, ou Relações Internacionais à London School of Economics, criando, para o efeito, graus conjuntos. Continuar assim até o ISCSP ser claramente identificado como a escola de referência nas matérias que lecciona a nível nacional.

8. Criar, nos professores, um compromisso de promoção do ISCSP, estimulando-os a contribuir com os seus artigos nos meios da especialidade e nos de comunicação social, compromentendo-se a associar, sempre, os seus nomes ao ISCSP.

9. Identificar uma marca para o ISCSP que remeta para um conjunto de valores e conteúdos claros e atractivos para a comunidade universitária e empresarial.

10. Oferecer aos alunos uma experiência envolvente de academia. Promovendo a criação de "papers" de colaboração entre alunos e professores para publicação nos meios de comunicação social, para a Assembleia da República, e outros fóruns de interesse.

11. Estipular horas de gabinete para os professores receberem os alunos. (No mínimo duas horas por professor, por semana).

12. Criação de cadeiras de optativas abertas ao sitema de oferta e procura por parte dos alunos. Reduzir as cadeiras obrigatórias a um terço do total.

13. Divulgar, obrigatoria e periódicamente, as contas do conselho directivo e da associação de estudantes e publicar respectivos relatórios de actividades.

14. Gerir o ISCSP em função de vectores objectivos.

14.1. Empregabilidade;

14.2. Número de professores doutorados de faculdades que não o ISCSP;

14.3. Número de professores doutorados estrangeiros;

14.4. Evolução da procura dos cursos por parte dos finalistas do ensino secundário;

14.5. Identificação do ISCSP como instituição universitária de referência.

14.6. Satisfação dos alunos com o serviço prestado pelos professores e pela faculdade em geral.

15. Integração dos alunos, e funcionários não docentes nos esforços de melhoria com funções de verdadeira responsabilidade nas diversas áreas. Sendo avaliados em função do objectivo número 4 em colaboração com a gestão e com os professores e número 9 com a possibilidade de auxílio externo de consultores especializados.

16. Avaliar a gestão anualmente com base nos critérios dispostos no número 13 e 14 e nos critérios dos números 4, 5 e 7 em colaboração com os professores.

17. Avaliar os professores em função da capacidade demonstrada em alcançar objectivos traçados nos números 2; 4; 8; 10; 11; 12 e números 5 e 7 em colaboração com a equipa de gestão. Os professores deverão ainda ser avaliados pela sua capacidade pedagógica, de captação do interesse dos alunos pelas matérias que livremente leccionarão através do preenchimento das vagas e pela identificação da relevância da matéria leccionada.

18. Urge reflectir e deliberar sobre a crise de empregabilidade dos alunos do ISCSP com recurso a consultoria externa através da associação da gestão, dos grupos de trabalho, dos professores e de consultores externos. Este é porventura o problema mais grave e ao mesmo tempo mais subvalorizado. Uma boa faculdade não pode dar se ao luxo de formar para a precariedade em que se encontram centenas de colegas nossos. Soluções precisam-se e bons exemplos existem!