Luiz Pacheco, uma lufada de ar fresco, um libertino do tempo do Estado Velho, uma "grande peça", um homem que diz "puta que os pariu" às novas gerações...
Tenho, à hora que escrevo, 22 anos, por isso tenho desculpa bastante para nunca ter dado conta da existência de um escritor/ pedófilo bisexual/ bêbado compulsivo/ pedinte/ condenado por atentado ao pudor (delito dentro do qual coube a pedófilia no tempo da ditadura) e por fim vedeta de entrevistas nos lares de idosos por onde vai vivendo a sua oitava década de vida e pagando aos entrevistadores com pérolas do calão português bem "esgalhado" como ele adora dizer.
Bem esgalhados são pois as suas observações, como, ao referir se a Santana Lopes, que lhe aumentou por decreto a pensão disse ao SOL: "Gosto do Santana por causa disso. E também porque é um playboy, um gajo dos copos, das discotecas e das putas". Ou a forma lucidamente humorada com que reage à sua quase cegueira:
"Operado? Nem penses nisso. O que é que eu quero ver com 80 anos? Eu quando vou ali à sala, onde estão os velhos todos, tiro os óculos para ver tudo nublado, para não me ver ao espelho... Aquilo é um pavor!"
Tenho, à hora que escrevo, 22 anos, por isso tenho desculpa bastante para nunca ter dado conta da existência de um escritor/ pedófilo bisexual/ bêbado compulsivo/ pedinte/ condenado por atentado ao pudor (delito dentro do qual coube a pedófilia no tempo da ditadura) e por fim vedeta de entrevistas nos lares de idosos por onde vai vivendo a sua oitava década de vida e pagando aos entrevistadores com pérolas do calão português bem "esgalhado" como ele adora dizer.
Bem esgalhados são pois as suas observações, como, ao referir se a Santana Lopes, que lhe aumentou por decreto a pensão disse ao SOL: "Gosto do Santana por causa disso. E também porque é um playboy, um gajo dos copos, das discotecas e das putas". Ou a forma lucidamente humorada com que reage à sua quase cegueira:
"Operado? Nem penses nisso. O que é que eu quero ver com 80 anos? Eu quando vou ali à sala, onde estão os velhos todos, tiro os óculos para ver tudo nublado, para não me ver ao espelho... Aquilo é um pavor!"
Mas pela brejeirice que chama a atenção inicial se segue a vontade de descobrir a sua obra.. a multi galardoada "Comunidade" e "O libertino passeia por Braga..." são as mais citadas da sua bibliografia prolixa pela blogosfera que surpreendentemente dedica tantos hits a Luis Pacheco (nem sei se é Luis ou Luiz, as fontes divergem). Sendo uma coisa certa, a análise da obra deste autor fica em terceiro plano face à atenção dedicada à transcrição das suas entrevistas e às reproduções dos seus muitos insultos.
Agora tempo para passar a da mera curiosidade à leitura de algum livro deste dinossauro. Se alguém quiser um cheirinho aqui está um extracto de "Comunidade": http://bibliomanias.no.sapo.pt/comunidade.htm.
Agora tempo para passar a da mera curiosidade à leitura de algum livro deste dinossauro. Se alguém quiser um cheirinho aqui está um extracto de "Comunidade": http://bibliomanias.no.sapo.pt/comunidade.htm.
1 comentário:
E na sua tradução apressada do dicionário (filosófico??) de Voltaire ele escreveu: "puta", "merda", "cagalhões".
Sem dúvida uma figura única da literatura portuguesa.
Bj*
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