domingo, 9 de setembro de 2007

Santana Lopes

Sobre pedrosantanalopes.blogspot.com



O nosso ex-Primeiro Ministro
Light, Santana Lopes, tem desde há pouco tempo o seu próprio blog, onde fala de tudo um pouco. Dele, porque o mandato acabou em desgraça ao fim de apenas 4 meses, esperava que dedicasse muita escrita a evidenciar porque estava o ex-presidente Sampaio enganado quanto a ele bem como estariam outros críticos importantes como o actual Presidente, Cavaco Silva. Além dessa esperança, tinha outra, ingénuo de mim, que era a de que o ilustre Santana versasse acima de tudo sobre questões de interesse nacional de forma constructiva.

Com efeito, Santana dedica-se ao bom jeito de Carlos Castro e companhia a falar mais da princesa Diana ou da morte de Pavarotti ou as cusquices dos diários do assessor de Blair do que a mostrar que o seu modelo de governação seria viável. Cai no erro de ser a favor da parvoíce que seria a redução dos impostos já (antes de o estado superar a meta de baixar dos 3% de défice da balança corrente) munindo-se do argumento do sofrimento dos coitadinhos das zonas fronteiriças que conduzem às vezes mais de uma dezena de quilómetros para se abastecerem (coitadinho mas é de mim). Ou a Galp que perde 100 milhões de euros por ano (esta muito mais coitadinha, basta ver num mapa da Península Ibérica vendido pela Galp que esta já tem mais gasolineiras em Espanha que em Portugal).

Fala nos Santana que é essencial que Portugal aprove a revisão ortográfica da língua no âmbito da CPLP. Aqui fico furioso (ok, não fico porque Santana Lopes para nosso bem é insignificante) porque o acordo proposto, de origem brasileira seria um insulto à nossa inteligência. Como consta do artigo em http://www1.folha.uol.com.br/folha/e...5u321373.shtml, passaríamos por decreto, se Santana nos governasse, a deixar para trás a origem latina da nossa língua em muitas das nossas palavras, óptimo passaria a ótimo, acto a ato ou facto a fato. Assim fato corresponderia a dois conceitos distintos, acto, que como sabemos tem correspondência noutras línguas com akt no alemão, act no inglês ou acto no espanhol, passaria a uma nova categoria, o brasileiro imposto em Portugal, com o argumento de que o "c" em acto é mudo. Mudo só o é quando fala um brasileiro, por isso digo que se as mudanças velozes e radicais na língua portuguesa falada e escrita no Brasil no século XX (que incluíram a introdução do trema na escrita e a liberalização total dos nomes próprios atribuíveis, quem não se lembra do Um Dois Três de Oliveira Quatro) são parte da construção do projecto da nacionalidade brasileira como um sentido de si oposição à herança portuguesa, faça-mos como o nosso antepassado Fernandes Thomaz e digamos à intenção brasileira de homogeneização da língua que seja muito feliz. Do lado de lá do Atlântico.

Felizmente está agora arredado de nos poder trazer a irresponsabilidade que continua a mostrar mesmo longe da acção política.

Passe muito bem o dr. Santana no seu escritório de advocacia...

5 comentários:

Gonçalo Veiga disse...

Parabéns pelo blog!

Bem, o blog do nosso ex-PM é sem dúvida um retrato dele próprio. No more comments.

Anónimo disse...

Duma pessoa ridicula só podia sair um blog caracteristico disso mesmo.. nao sei pq mas a sua figura nunca, mas nunca me inspirou empatia :) e parece que sou eu mais nove mil portugueses hihihi

Felipe Santana disse...

a helena tá falando de ti ou do tal do santana?
omeu blog tá sendo atualizado também, numa linguagem superacessível à patuléia, em drops sobre cultura e afins.
como fala correios na terra da mãe da língua? serviço postal?

Felipe Santana disse...

tô postando, como pedido.

Felipe Santana disse...

tô postando, irmão.